HEDERA 4TET & Beatriz Raimundo
HEDERA 4TET & Beatriz Raimundo
18 a 20 de Setembro de 2024 | Lisboa Incomum
O quarteto de violinos, HEDERA 4TET, em colaboração com a violoncelista Beatriz Raimundo estará em Residência Artística em Setembro de 2024 no Lisboa Incomum. A residência culminará num concerto no dia 20 de Setembro, às 19h30 no Lisboa Incomum.
Entrada gratuita, mediante reserva para [email protected]
Estabelecido em 2022 a partir de uma incomum e informal experiência entre quatro violinistas, o coletivo Hedera 4tet é um quarteto composto pelos músicos Carlos Zíngaro, Bernardo Aguiar, David Magalhães Alves e Francisco Lima da Silva.
“Hedera”, de nome científico para a planta Hera, remete à ideia da propagação natural, incremental e contínua, de um coletivo de divergentes ramagens artísticas que escalam trilhos sonoros imprevistos. Com esta formação pretendemos explorar a música nas suas abordagens mais alargadas, entendendo-se a arte sonora enquanto elemento criativo e enquanto elemento determinado e indeterminado, fruto
de um equilíbrio de contrastes.
Hedera 4tet conta com a atribuição do Apoio à criação da DGARTES em 2023 para a realização de um ciclo de apresentações de Novembro de 2023 a Novembro de 2024, onde as experiências em concerto vão comunicando e sobrepondo-se em camadas, para alimentar um “work in progress” permanente para o ensemble. Atualmente o quarteto realiza esta temporada de concertos com 11 apresentações
pelo território nacional, passando por Lisboa, Bragança, Montemor-o-Velho,
Coimbra, Caldas da Rainha, e Leiria.
Bernardo Aguiar (1995) começou os seus estudos de violino aos cinco anos, com a professora Inês
Saraiva, no Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa. Em 2017 terminou a licenciatura em Madrid, sob a tutela do professor Sergey Teslya, como aluno bolseiro do Centro Superior Katarina Gurska. Em 2020 concluiu o Master of Music na universidade ArtEZ em Zwolle (Holanda), na classe da professora Sarah Kapustin. Ao longo da sua formação aprendeu também com músicos como César Viana, David del Puerto ou Noélia Rodiles.
Em Portugal atuou nas principais salas nacionais tais como o Centro Cultural de Belém, o Teatro Municipal São Luiz, o Teatro Nacional São Carlos e a Casa da Música. Em Espanha deu concertos nas maiores cidades do país, tais como Madrid, Barcelona, Valencia, Sevilla, Bilbao ou León. Tocou também noutros países tais como Estados Unidos da América, Noruega, Itália, França ou Inglaterra. Colaborou com várias das principais orquestras nacionais, tais como a Orquestra Gulbenkian ou a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Foi membro fundador do ensemble Concerto Moderno, criado em 2011 pela violinista Inês Saraiva e pelo maestro César Viana. Enquanto concertino atuou com solistas tais como Iddo Bar-Shai, Natalia Tchitch, Paulo Gaio Lima ou Pavel Gomziakov, e em 2016 tocou por várias vezes como solista junto ao ensemble. Enquanto membro do Trio Ayren ganhou em 2015 o Concurso Permanente de Juventudes Musicales de España na modalidade de música de câmara. Desde então o Trio Ayren tocou nas principais salas de Espanha. Colaborou frequentemente com The Flying Gorillas, um coletivo de artistas sediado em Londres que procura aproximar a música e dança a pessoas que não têm acesso fácil a tais formas de arte. Este projeto levou-o até países como a Índia, Roménia, Turquia, Itália ou Alemanha, trabalhando regularmente com refugiados. É membro fundador do coletivo Gnu Vai Nu e do projeto Everysound.
Carlos “Zingaro” (1948) Músico, Compositor e Artista visual premiado, com uma carreira internacionalmente reconhecida de mais de 60 anos. Começa o seu percurso enquanto aluno de Violino no Conservatório Nacional de Lisboa em 1953. Desenvolveu extensa prática nas artes experimentais, com colaborações regulares com os maiores nomes da “nova música” (como Barre Phillips, Daunik Lazro, Derek Bailey, Joëlle Léandre, Kent Carter, Ned Rothenberg, Peter Kowald, Roger Turner, Rüdiger Carl, Evan Parker, Andres Bosshard, Jean-marc Montera, Paul Lovens, Anthony Braxton, Roscoe Mitchell, George Lewis, Leo Smith, Tom Cora, Richard Teitelbaum, entre outros).
Presença frequente em importantes festivais internacionais, foi pioneiro na utilização das novas tecnologias na composição e interacção em tempo real. Introduziu novas práticas na relação som/movimento e composição imediata, no seu trabalho como compositor de cena em Portugal, trabalhando com os principais encenadores e coreógrafos nacionais. Em 1976 completou o curso superior de cenografia e figurinos da Escola Superior de Teatro, sendo nomeado professor de Desenho; Com bolsa da F. C. Gulbenkian foi residente na escola politécnica de Wroclaw na Polónia nos primeiros encontros internacionais de “teatro música” dirigidos por Richard Misiek em 1978; Em 1979 ganha uma bolsa Fulbright e é residente na Creative Music Foundation - Woodstock em Nova York, dirigida por Karl Berger, sendo nomeado professor assistente de “New Notation Concepts” e “The inter-relationship of Improvisation”. Funda e dirige a Galeria de arte Os Cómicos entre 1984-90; Em 2010 é-lhe atribuída uma Fellowship na Civitella Ranieri Foundation em Itália; Foi fundador, membro e coordenador de várias estruturas seminais nas artes em Portugal e no estrangeiro, como o grupo Plexus [1967], European Jazz Federation [1973], Cómicos Grupo de Teatro [1974], Granular Associação [2002], entre outros. A sua discografia tem mais de 60 títulos internacionalmente editados.
David Magalhães Alves (1992) é Artista visual e Músico residente em Lisboa. Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em 2016, tem trabalhado forma independente em projetos multidisciplinares e exibido obras em várias exposições colectivas. Enquanto músico completou em 2008 o 5o ano do Nível Médio na especialidade de Violino do Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa; entre 2003 e 2010 participou em vários estágios, workshops e festivais a nível nacional e internacional; em 2013 fez parte da Classe 8o ano do Curso Complementar de Violino da Escola de Música do Colégio Moderno; foi membro fundador e Concertino da orquestra da Universidade de Lisboa em 2014; foi membro fundador da orquestra “Concerto Moderno”, participando nas temporadas entre 2011 e 2017 em diversas salas de concerto e festivais (tais como Teatro S. Luiz, Teatro Nacional S. Carlos, Festival Terras Sem Sombra, Real Sitio de San Idelfonso, Palácio Nacional da Ajuda). Tem ao longo da sua carreira colaborado com projetos de diferentes tipologias, tocando com músicos internacionalmente reconhecidos, (Gwendolyn Masin; Aníbal Lima; Carlos Zíngaro; Pavel Gomziakov; Natalia Tchitch; Iddo Bar-Shai; Carla Caramujo; Daniel Garlitsky; Phill Niblock, Tiago Bettencourt, entre outros). Entre 2017-20 foi colaborador regular dos serviços Educativo e de Comunicação do Museu Oriente. Actualmente mantém actividade enquanto artista visual independente, integra a equipa do projecto Everysound desde 2019; é membro fundador do colectivo multimédia GNU VAI NU; faz parte do quarteto de cordas ZARM Ensamble, com apresentações no festival MIA de Atouguia da Baleia (2019); Faroeste EMCII, Caldas da Rainha (2021); Culturgest (2022); Ciclo de Polinização de Paredes de Coura (2022); com o qual foi um dos vencedores das Renova Art Commissions (RAC) 2021 com curadoria de Martim Sousa Tavares, ao integrar o projeto “Renova” liderado pelo Músico Carlos Zíngaro e a Coreógrafa Paula Pinto.
Francisco Lima da Silva (1992) é compositor e violinista. Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música da Metropolitana na classe de violino da professora Inês Saraiva. Licenciou-se como instrumentista de orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra na classe de violino do professor Aníbal Lima. Teve oportunidade de tocar pelas principais salas nacionais com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e Concerto Moderno, trabalhando com vários maestros, tais como, Jean-Marc Burfin, Pedro Neves, Emilio Pomàrico, Michael Zilm, Pedro Amaral e César Viana.
Começou a estudar composição com César Viana e David del Puerto, em Madrid. Em 2019, foi aceite na Cardiff University, onde finalizou o MA in Arts em composição com distinção, tendo aulas com Pedro Faria Gomes, Arlene Sierra e Robert Fokkens. Atualmente é doutorando na mesma instituição com a supervisão de Pedro Faria Gomes e Nicholas Jones. Encontra-se também a frequentar a pós-graduação em Composição Aplicada na Escola Superior de Música de Lisboa com os professores Luís Náon, Michele Tadini, Rut Schereiner e Alex White.
Já teve oportunidade de c
olaborar com diversos agrupamentos, tais como a Orquestra Académica Metropolitana, Orquestra Académica da Universidade de Lisboa, Riot Ensemble, Trio Oberon, Ensemble MPMP, Ópera do Castelo, Ensemble Darcos e Orquestra Metropolitana de Lisboa. A sua peça ‘Derealisation’ foi selecionada para o ‘Compositon Wales 2021’ e foi interpretada pela BBC National Orchestra of Wales sob a direcção do maestro Ryan Bancroft. No 14o Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim venceu o primeiro prémio e o prémio do público com a peça ‘Sonho Lúcido’. Escreveu a peça ‘Nostalgia’ para viola solo, uma encomenda da Antena 2/RTP, para a 35a Edição do PJM. Tem também trabalhado como orquestrador e arranjador, destacando-se a recorrente colaboração com o festival Operafest Lisboa. É membro fundador do projecto Everysound e do colectivo de música electrónica Gnu Vai Nu.
Beatriz Raimundo é uma violoncelista portuguesa que começou os seus estudos musicais com Catherine Strynckx na Escola de Música do Conservatório Nacional. O trabalho coletivo em vários estilos musicais é o centro da sua atividade, com projetos como o Quarteto Tejo, com quem ganhou o Prémio Jovens Músicos em 2019, Barlovento Sur (folk latino), Tout Bleu (electroacoustic pop-art), Espuma Antigua (jazz-barroco), Carton Jaune (música contemporânea), entre outros. Como solista, em 2021 ganhou o primeiro prémio no concurso de interpretação Vasco Barbosa e o terceiro prémio no Concurso Prémio Jovens Músicos; em 2016 ganhou o primeiro prémio do Concurso Internacional da Cidade do Fundão. Em 2015 foi admitida em licenciatura na Haute École de Musique de Genève na classe de Ophélie Gaillard, formação que terminou em 2018 com nota máxima. Durante o primeiro ano de mestrado em ensino integrou a classe de Hans Jakob-Eschenburg na Hoschule Für Musik Hanns Eisler, em Berlim. Terminou em 2022 o mestrado composer-performer focalizado em improvisação em Genebra na classe de Joshua Hyde. Após 6 meses como coordenadora dos violoncelos do projeto social NEOJIBA em Salvador da Bahía, exerce a sua atividade como freelancer com diversos projetos artísticos na Europa, e é membro do coletivo de criação OperaLab no Grand Théâtre de Genève.