Corpos Sonoros

  


O projeto “Corpos Sonoros” é um projeto pedagógico e de criação comunitário.

Trata-se de um projeto que procura realizar um trabalho que fomente a participação cívica e artística, bem como a consciencialização ambiental. Conta com a participação de jovens moradores do Bairro do Rego (onde fica situado o Lisboa Incomum), mediados pela Associação Passa Sabi, uma associação de moradores deste bairro em Lisboa que trabalha em prol da comunidade, e com alunos do Instituto Gregoriano de Lisboa. 

Numa primeira fase do projeto, os participantes irão construir instrumentos musicais, com orientação do artista Bitocas Fernandes, a partir de materiais recolhidos que visam ser reutilizados.
Estes instrumentos serão concretizados segundo os princípios de criação de material sonoro de Pierre Schaeffer, relacionados com o seu conceito de “corpo sonoro”. Este processo pressupõe ainda o contacto com o equipamento especializado de captação e difusão de som do Lisboa Incomum, abordando pedagogicamente questões complementares ao desenvolvimento do projeto, como princípios de microfonação, introdução ao áudio digital, montagem e música electroacústica. Os participantes irão explorar as possibilidades sonoras destes instrumentos através da sua performance e será, então, constituída uma base de dados com gravações dos instrumentos.

Estarão envolvidos, nesta fase do projeto, a Associação Passa Sabi, uma associação de moradores do bairro do Rego em Lisboa que trabalha em prol da comunidade, que irá operar como mediadora entre população e as instituições, pelas ligações já estabelecidas com a mesma; o CRIA-Iscte - Centro em Rede de Investigação em Antropologia e o INET-md - Instituto de Etnomusicologia (FCSH/UNL), que irão acompanhar, analisar e implementar melhorias no processo, nomeadamente, facultando propostas de abordagens comparativas e complementares. Nomeadamente, sobre este último ponto, o seu papel principal será dar a conhecer outras tipologias de práticas de criação de instrumentos, sons e comunicação, adoptando uma perspectiva cross-cultural que pretende complementar as ideias de Schaeffer, evitando uma imposição cultural europeia num contexto que será francamente multicultural.

Numa segunda fase do projeto, o repositório criado servirá de matéria prima e inspiração para a criação de quatro peças acusmáticas pelos compositores Jaime Reis, Mariana Vieira, a partir do conjunto de artefactos sonoros fabricados no âmbito do "Corpos Sonoros".

O projecto resultará na criação de uma performance-instalação, liderada pelo músico Filipe Sousa, pianista formado trabalho colaborativo e participativo com artistas e comunidades. 

apresentação na Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do evento Rising Stars, dia 11 de Fevereiro de 2024.


Produção: Projecto DME & Lisboa Incomum
Co-produção: Fundação Calouste Gulbenkian
Parceiros: Associação Passa Sabi, INET-md, CRIA-IUL, Instituto Gregoriano de Lisboa
Apoio: Câmara Municipal de Lisboa e República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes


Sessões de Criação:

6 Jan: 10h - 13h
13 Jan: 11h30 - 13h
20 Jan: 11h30 - 13h
27 Jan: 11h30 - 13h
3 Fev: 11h30 - 13h
Local: Lisboa Incomum

10 Fev: Ensaio Geral (horário a definir)
11 Fev: Apresentação Final
Local: Fundação Calouste Gulbenkian